Confira três condições para vencer as tentações

Estamos no tempo litúrgico da quaresma, tempo propicio para nos voltarmos integralmente para o Senhor. Neste primeiro domingo da quaresma somos convidados á contemplar Jesus sendo tentado no deserto. E no contexto das tentações de Jesus queremos refletir sobre três condições essenciais para sermos vencedores diante da tentação.

1) Condição: Sermos cheios do Espírito Santo

O evangelho inicia dizendo-nos que: “Cheio do Espírito Santo, Jesus voltou do Jordão e, no Espírito, era conduzido pelo deserto” (Lc 4, 1). Devemos entender bem que foi o Espírito Santo que levou Jesus para o deserto. Ou seja, mesmo quando nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo podemos ser tentados. Não podemos nos enganar, é quando nos decidimos por viver a vontade de Deus que os infernos mais se levantam para nos tentar, procurando nos desviar do Caminho.

A única forma que temos para discernir, resistir e vencer todas as insidias demoníacas é pela ação do Espirito Santo, está e a primeira e principal arma que temos que usar.

2) Condição: a vitória vem pela vivência da Palavra

Ao ser tentado Jesus Cristo testemunhou que era a Sagrada Escritura que o movia. Em sua humanidade, a leitura orante com a Palavra de Deus plasmou todo o ser do Senhor. Assim devemos nos deixar convencer pelo Espírito Santo da importância da Palavra de Deus em nossas vidas. Da importância de através da leitura orante sermos plasmados em nosso interior, de forma que nossos sentimentos, pensamentos, aspirações sejam todos envolvidos e fecundados pela força do amor que se absorve no contato íntimo com a Sagrada Escritura.

3) Condição: Procurar o auxílio da graça de Deus

São Lucas registra um ensinamento que o Senhor quer que adotemos como necessidade contínua. Ao nos ensinar a rezar Jesus nos recomenda pedir: “não nos deixes cair em tentação” (Lc 11, 4b). Aqui está um fundamento sob o qual devemos alicerçar toda a nossa vida cristã: pedir em oração o auxílio da graça de Deus. Sem a ação Divina em nós não teremos forças para combater. É como um funil: ou rezamos e com isso nos abrimos a ação Divina em nós, ou nos fechamos na auto-suficiência, não entendendo que estamos numa batalha na qual só atingiremos a vitória se estivermos em comunhão com Deus.

Em síntese, podemos concluir: temos que nos encher do Espírito Santo para que ele perpasse e revista todo o nosso ser da Sagrada Escritura e á partir da intimidade com o Deus da Palavra discernirmos, resistirmos e dizermos nosso sim a Deus e não ao pecado.

Texto: Emerson Alves

Imagem: Freepik