Iniciamos o ano civil com a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (Theotókos). Esta comemoração ocorre dentro das festividades de Natal, na oitava de Natal (oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo), para relembrarmos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus.
Destaca-se nesta solenidade o foco da liturgia que é a “Mulher”, particularmente a mulher como “Mãe”. E essa mulher e mãe é Maria Santíssima. São Paulo em sua carta aos Gálatas 4, 4 diz de Jesus: “… mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei“, para indicar que, como um homem de Deus, necessariamente, tinha que ter uma mãe.
Deus se fez carne por meio de Maria. É a grande demonstração de um Deus que nos amou e assumiu nossa humanidade, exceto o pecado. Podemos observar que Maria aparece ligada ao mistério central da reconciliação. Esse relacionamento único é trazido com particular importância no momento da chegada de Deus na história humana, através da cooperação livre da Mulher, que é a Virgem Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Dessa forma, Maria nos une a Deus e às pessoas, os homens e as mulheres de boa vontade.
Ao celebrar o mistério da Maternidade Divina de Maria, a Igreja Católica a reconhece também como sua Mãe, pois ao longo dos tempos gera novos filhos para Deus. Ao proclamarmos Maria com a Mãe de Deus, afirmamos que o Reino de Deus já está no meio de nós, pois o dogma da maternidade divina assevera que o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, entrou na história humana.
A comemoração de Maria, neste primeiro dia do ano, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que Maria Santíssima. Ela que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu Aquele que personificou a união entre os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador.
Com Maria Santíssima, aprendamos a contemplar e bendizer a Deus com o seu Magnificat. Voltemo-nos para Maria que festejamos hoje. Maria, nosso modelo e nossa Mãe, que mesmo sem compreender, Maria tinha confiança no Senhor.