Para prepara o almoço para o Conde de Assumar e sua comitiva, que estava em Guaratinguetá, isso no ano de 1717, para tomar posse das capitanias de São Paulo e Minas Gerais. A Câmara Municipal convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessária boa quantidade de peixes.
Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, não pescaram nada.
Foi quando na rede de João Alves, apareceu primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, sua cabeça.
Imediatamente as redes se encheram de tanto peixe que os barcos quase afundaram!
Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que, pelo fato de ter aparecido nas águas, ficou conhecida como Aparecida!
De maneira bem resumida, essa é a história de nossa Senhora Aparecida e o início dessa grande devoção a Mãe de Jesus e Padroeira do Brasil alguns fatos da história nos chamam a atenção e ilumina a nossa realidade hoje.
Uma pequena imagem, de arte rude de cor negra, que representa bem a cultura de um povo escravizado e sofrido da época. Pecada de duas vezes, primeiro o corpo e depois a cabeça, imagem de um povo batizado, que formava a igreja, mas divido entre pobres e ricos, brancos, negros e indígenas.
Apesar da abundância de peixes no rio, até aquele momento, eles não tinham pescado nada. Enquanto o povo estava dividido, apesar da generosidade da natureza, todos sofriam, principalmente os mais pobres e escravizados. Quando a imagem e resgatada das águas do Paraíba do Sul, corpo e cabeça se junta numa só peça, a graça abundante se manifesta na pesca milagrosa.
Nossa sociedade hoje vive uma realidade muito parecida com a daquela época. Um povo dividido entre pobres e ricos, entre várias etnias, entre várias ideologias, o pais atravessa grande crise financeiras, com milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, outros tantos milhões endividados, e uma minoria nadando na abundância dos bens materiais.
Da imagem de Aparecida, a mãe de Deus, primeira evangelizadora, rainha dos apóstolos, com sua voz profética, continua a nos dizer, a dizer para cada batizado, que devemos lançar as redes do evangelho, nas águas poluídas do mundo de hoje e resgatar, homem e mulher, imagem de Deus, que está se afogando. Afogando, porque, nesse rio poluído que se tornou a sociedade não se consegue inalar para a alma o sopro do Espírito Santo.
Como a virgem Maria, a Senhora da Conceição Aparecida, devemos responder ao Apelo de Deus para uma nova evangelização dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra”! Lc 1,38)
Texto: Vitório Evangelista