Co-fundador da Reviver é candidato ao diaconato permanente

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O co-fundador da Comunidade Católica Reviver, Vitório Evangelista Chaves iniciou o caminho vocacional na Arquidiocese de Belo Horizonte e tornou-se neste mês de dezembro um dos 150 homens que são candidatos ao diaconato permanente. Em preparação para o ministério, o evangelizador participou de um retiro espiritual no sábado, 18, junto com a esposa dele, Maria de Lourdes Mendes Chaves, na Capela São Francisco de Assis, da Paróquia São José Operário, em Caeté, na região metropolitana da capital.

O retiro aconteceu nas 37 foranias da Arquidiocese de BH, sendo que o missionário da Reviver participou do encontro na Nossa Senhora do Bom Sucesso, da Região Episcopal Nossa Senhora da Piedade (Rensp), conduzido pelo diácono Noraldino Caetano Fonseca Filho.

Segundo o coordenador geral do diaconato permanente, Márcio Honório de Oliveira e Silva , o retiro espiritual de fim de ano é canônico, ou seja, obrigatório para todos os consagrados e, para candidatos ao diaconato, como é o caso de Vitório Evangelista, é opcional, porém muito importante, já que trata-se de um momento de reflexão sobre a caminhada cristão, de entrosamento com os diáconos que receberam o sacramento da ordem e também uma oportunidade de se preparar melhor para o Natal.

“Esse retiro é importante para os candidatos (ao diaconato) porque eles estão no caminho que não é só de estudo, mas também espiritual e, sendo espiritual, eles precisam se preparar. Esses encontros entre os candidatos e os consagrados também promove a união e a unidade e, em um terceiro ponto, eu destaco que o retiro deveria ser feito por todo cristão, já que estamos no Tempo do Advento e é uma forma de se preparar para o Natal”, defende o coordenador arquidiocesano.

“O encontro foi uma novidade para mim e para a minha esposa. Fomos muito bem acolhido pelos diáconos e pelas  esposas deles. Refletimos sobre importância de nossa escolhas.”, disse Evangelista.

Caminho vocacional

Na caminhada como candidato ao diaconato permanente, Vitório Evangelista e a esposa dele farão encontros junto com os demais postulantes, todo último sábado de cada mês.

A formação dos futuros diáconos ocorre em pequenos grupos, denominados “diaconias”, compostos por diáconos, esposas e vocacionados. A organização se dá por foranias, sendo que nas foranias que abrangem mais de um município os grupos são subdivididos em municípios dentro da mesma forania.  A caminhada até a consagração ao diaconato ocorre em etapas, sendo a primeira delas o propedêutico, em seguida os candidatos cursam a faculdade de Teologia, e a etapa seguinte é o tirocínio, onde esses andidatos passam pelo estágio pastoral.

Futuros diáconos participaram do retiro com as esposas deles

Com informação do Diaconato Permanente da Arquidiocese de Belo Horizonte

Papa: devemos encontrar Deus na humildade

“O nascimento de Jesus” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (22/12). Faltando poucos dias para o Natal, o Santo Padre recordou este “acontecimento do qual a história não pode prescindir”.

“José e Maria desceram de Nazaré para Belém. Assim que chegaram, procuraram imediatamente uma hospedaria, porque o parto era iminente; mas infelizmente não a encontraram, e assim Maria foi obrigada a dar à luz numa manjedoura”, disse Francisco. “Um anjo anunciou o nascimento de Jesus a simples pastores e foi uma estrela que mostrou aos Magos o caminho para Belém. O anjo é um mensageiro de Deus. A estrela nos recorda que Deus criou a luz e que aquele Menino será “a luz do mundo”. Os pastores personificam os pobres de Israel, pessoas humildes que interiormente vivem com a consciência da sua própria falta. Eles foram os primeiros a ver o Filho de Deus feito homem, e este encontro muda-os profundamente”, frisou ainda o Papa.

Francisco recordou que “os Magos estão também em volta do Menino Jesus. Eles “representam os povos pagãos, em particular todos aqueles que ao longo dos séculos procuraram Deus e se propuseram encontrá-lo. Representam também os ricos e os poderosos, mas apenas aqueles que não são escravos da posse, que não estão “possuídos” pelas coisas que pensam possuir”.

A humildade nos abre à experiência da verdade

A seguir, o Papa sublinhou que “a mensagem dos Evangelhos é clara: o nascimento de Jesus é um acontecimento universal que diz respeito a todos os homens”.

Amados irmãos e amadas irmãs, só a humildade é o caminho que nos conduz a Deus e, ao mesmo tempo, porque nos conduz a Ele, leva-nos também ao essencial da vida, ao seu verdadeiro significado, à razão mais fiável pela qual vale a pena viver a vida. Só a humildade nos abre à experiência da verdade, da alegria genuína, do conhecimento que conta. Sem humildade, estamos “desligados” da compreensão de Deus e de nós mesmos. Os Magos podiam ter sido grandes de acordo com a lógica do mundo, mas tornam-se pequenos, humildes, e por esta mesma razão conseguem encontrar Jesus e reconhecê-lo. Aceitam a humildade de procurar, de partir, de perguntar, de arriscar, de cometer erros.

Pedir a Deus a graça da humildade

Francisco convidou todos os homens e mulheres a irem à gruta de Belém para adorar o Filho de Deus feito homem. “Cada um de nós se aproxime do presépio montado em sua casa, na Igreja ou onde quer que esteja, e faça uma adoração interior: “Eu acredito que você é Deus, que este menino é Deus. Por favor, me dê a graça da humildade para poder compreender”.

Segundo o Pontífice, quando nos aproximarmos do presépio para rezar devemos colocar os pobres e pedir a graça da humildade: “Senhor, que eu não me orgulhe, que eu não seja autossuficiente, que eu não acredite que eu sou o centro do universo. Faça-me humilde. Dê-me a graça da humildade. Sem humildade nunca encontraremos Deus: encontraremos a nós mesmos. Porque a pessoa que não tem humildade não tem horizontes diante de si, tem apenas um espelho: olha para si mesma. ”

Quebrar o espelho da vaidade, da soberba

Depois, o Papa recordou “todos aqueles que não têm uma inquietação religiosa, que não se colocam o problema de Deus, ou até lutam contra a religião, todos aqueles que são inadequadamente denominados ateus” e repetiu-lhes a mensagem do Concílio Vaticano II: «A Igreja defende que o reconhecimento de Deus de modo algum se opõe à dignidade do homem, uma vez que esta dignidade se funda e se realiza no próprio Deus […] a Igreja sabe perfeitamente que a sua mensagem está de acordo com os desejos mais profundos do coração humano».

Por fim, o Francisco desejou a todos “um Feliz Natal, um Feliz e Santo Natal”, e exortou a tomar consciência de que Deus vem para cada um de nós.

A consciência de que para buscar Deus, para encontrar Deus, para aceitar Deus, é preciso humildade: olhar com humildade a graça de quebrar o espelho da vaidade, da soberbia, de olhar para nós mesmos. Olhar para Jesus, olhar para o horizonte, olhar para Deus que vem até nós e toca o coração com aquela inquietação que nos leva à esperança. Feliz e santo Natal!