Nesta quarta-feira, 7 de setembro, celebramos os 200 anos da Independência do Brasil. Que possamos comemorar essa data cívica com consciência e cobrar, para a nossa sociedade, os direitos fundamentais. Dentre esses direitos estão: trabalho, saúde, educação e saneamento básico. Que todos os brasileiros tenham o que pôr na mesa e que tenham um lugar digno para morar.
Nesse dia 7 de setembro, não peçamos nada que fira a nossa democracia, para não corrermos o risco de sofrer o que passamos em outras épocas da história. O grito dos excluídos sempre foi um momento de participação dos cristãos nesse dia. Temos sede de tempos novos, prosperidade e de paz. Que possamos refletir sobre este nosso momento. Ao lembramos do bicentenário da Independência, que também possamos pensar se o Brasil avançou ou retrocedeu nesses duzentos anos. Tivemos muitos avanços, mas alguns retrocessos. A abolição da escravatura aconteceu anos após a independência do Brasil, mas o número de racismo tem aumentado muito ultimamente. As mulheres conseguiram mais direitos, como por exemplo: direito ao voto, ao trabalho e cargos públicos. Mas, por outro lado, aumentou o feminicídio, ou seja, a violência contra a mulher. Por isso, nesse dia do bicentenário da Independência do Brasil, peçamos que essas situações mudem e a nossa pátria seja um local bom de se viver. Temos muitas controvérsias e interpretações históricas de tudo isso.
Rezemos por nossa pátria pois somos chamados a amar o lugar que vivemos, fazendo desse lugar, um local agradável de se viver e em paz. Não podemos morar aqui no Brasil e ter desejo de ir morar em outro país. Esse é o local que nascemos, então façamos desse local uma moradia agradável. Rezemos pelo fim da violência e que essa terra amada, terra de Santa Cruz, seja um lugar bom para todos.
Que Deus abençoe o nosso Brasil e que possamos, a cada ano, celebrar com alegria a Independência deste país. Viva a Independência, viva o Brasil.!
Texto: Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
Com CNBB