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Bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam

Jesus ensina seus discípulos como devem lidar com aqueles que são maus: “amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam”. São determinações fortes que vão de encontro com a lógica que está presente nas relações humanas. A reação humana, fora da orientação de Cristo, seria justamente o contrário, ou seja, pagar com a mesma moeda o mal que por ventura recebesse.

Já no Antigo Testamento, antes da vinda de Cristo, se conhecia a exigência do amor ao próximo. O livro do Levítico pedia: “Não seja vingativo, nem fique vigiando contra os filhos do povo. Ame seu próximo como a si mesmo…” Lv 19,18. Em Provérbios vemos que os sábios de Israel recomendavam dar de comer ao inimigo que tem fome e de dar de beber ao inimigo que tem sede para o deixar corado de vergonha (Pr 25,21).

Jesus, nas mais diversas situações em que abordou esse assunto nunca deu a entender que o amor e o perdão deviam ser condicionados por qualquer tipo de barreiras. Para Ele é preciso simplesmente amar o próximo, sem restrição e sem regras. Esse próximo é também o que é inimigo, aquele que lhe odeia; aquele que lhe calunia e amaldiçoa, aquele que não pertence ao seu povo ou a sua etnia e está separado do cristão por ódios ancestrais. Independentemente da nacionalidade, da raça, da religião que professa, das razões históricas, da forma de agir do próximo, o discípulo de Jesus deve ama-lo sem limites, sem desculpas, sem exceções.

É neste ambiente de amor e perdão que o evangelho de hoje coloca os cristãos para meditarem. Podia parecer, em um primeiro momento, uma relação de exigências impossíveis, mas Jesus quer deixar bem claro o caminho que os seus discípulos e todos que desejam segui-Lo devem percorrer. Para isso citou uma série de exemplos sobre a maneira concreta de viver esse amor sem limites nem condições: “Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva”. Com esses ensinamentos Jesus está dizendo a seus seguidores que, quando confrontados com a maldade, não devem apenas evitar revidar na mesma moeda, mas devem também fazer tudo o que estiver ao seu alcance para inverter a espiral de ódio e violência que destrói as relações e o próprio meio social. Não deve ser uma reação de passividade diante das agressões, suportando em silêncio a maldade, mas buscar no diálogo o entendimento e estar sempre disposto a estender a mão ao agressor e a recuperá-lo. O amor transforma e reabilita; o ódio alimenta a fogueira do confronto e da violência.

Há mais de dois mil anos o cristão caminha com Jesus, escuta sua proposta de um mundo mais humano e mais fraterno. Em todo esse tempo Ele convida seus seguidores a colocarem o amor no princípio, no meio e no fim de todas as coisas. Ele os desafia a seguirem seu mandamento maior de amar a todos, sem exceção. Pode-se achar que Jesus pede coisas impossíveis, impraticáveis e até mesmo perigosas. Quem pensa assim deve buscar dentro de si uma reflexão mais profunda, uma fé mais embasada no projeto de Deus, que Cristo implantou, porque quem acredita n’Eles tem que confiar nas soluções que Eles propõem para a convivência no mundo.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Texto: Dalva Pereira Silva Soares

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