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Um discípulo não é maior do que o Mestre

Em meados dos anos oitenta d.C as comunidades cristãs estavam sendo assediadas por falsos mestres, que buscavam para si o protagonismo, que apresentavam uma catequese que não se enquadrava com os ensinamentos de Jesus. Lucas sente-se no dever de as advertir para o perigo de se deixarem seduzir pelas falsas doutrinas que esses falsos pastores propunham. Acolher as propostas que divergem dos ensinamentos cristãos não levam a lugar nenhum.

No Evangelho de hoje (02) Lucas apresenta, então, os critérios que ajudam a diferenciar aqueles que, dentro e fora da comunidade cristã, são bons ou falsos mestres, utilizando-se de duas pequenas parábolas de Cristo para exemplificar o seu pensamento: a primeira fala das árvores boas que dão bons frutos e de árvores más que dão maus frutos; a segunda fala do coração do homem, de onde saem bons ou maus sentimentos, bons ou maus pensamentos, boas ou más palavras, boas ou más ações. Com isso ele quer ensinar como viver em perfeita sintonia com a proposta de Jesus: dá bons frutos quem tem o coração cheio do amor de Deus e é fiel testemunha desta verdade. Todo aquele que age como verdadeiro discípulo só pode ensinar a viver em comunidade, com união, fraternidade, partilha, reconciliação, vida nova. Mas, quando algum falso mestre se utilizando de seu carisma pessoal, através de palavras e gestos, quer implantar na comunidade costumes que geram divisão, tensão, desorientação, confrontação, feridas que causam sofrimento, eles revelam um coração cheio de egoísmo, orgulho, arrogância, prepotência e demonstram total falta de sintonia com o amor e o serviço pregado por Cristo.

Jesus, no período que se dedica a formação dos seus discípulos, quer mostrar para eles quais sinais devem ser observados naqueles que se propõem a serem líderes, na condução da vida social ou na vida religiosa da comunidade. Não se trata de viver desconfiados de tudo e de todos, mas sim, de ter ideias claras do que se quer e de caminhar serena, mas decididamente, em direção à verdade, à luz, a vida com sentido. É saber analisar as atitudes e pensamentos destas lideranças, tendo como base a certeza de onde se deseja chegar. O discípulo poderá ter como meta a santidade, viver os ensinamentos de Cristo e fazer desse objetivo o seu caminho. Para isso precisa conhecer profundamente o projeto d”Ele para a salvação da humanidade. Precisa, também, manter uma vigília constante porque nem todos aqueles que se propõem a ajudar a encontrar o caminho que conduz á vida são guias verdadeiros. Quando o cristão se deixa conduzir por guias assim, sejam guias políticos, sejam guias religiosos, sejam formadores de opinião que se propõem a ensinar ditando regras de comportamento, para que as pessoas se adaptem á modismos e costumes vazios, correm o sério risco de se perderem no caminho e de não chegarem a lugar nenhum.

É muito simples verificar se os ensinamentos que se recebe dos guias ou mestres humanos estão corretos: eles devem estar em perfeita consonância com o Evangelho, com a proposta de Jesus. Só Ele é o verdadeiro mestre, o verdadeiro guia. Só Ele é o caminho, a verdade e a vida!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Texto: Dalva Pereira Silva Soares

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