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O Senhor chamou “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”

Na liturgia de hoje (23) Deus apresenta-se a Moisés e aos hebreus que vivem como escravos no Egito. Ele se compadece pelo sofrimento dos seus filhos e mostra, principalmente, na adversidade estar sempre presente no meio deles, ajudando-os a se libertarem e conduzindo-os para a vida plena. Nesta passagem do Evangelho, vemos com clareza como Deus age, em todas as épocas da história, para salvar seu povo das correntes da servidão e do pecado. Ele não abandona quem O procura.

O livro do Êxodo, um dos mais importantes do Antigo Testamento, mostra o centro da fé do povo israelita e a chave para a compreensão da intervenção libertadora de Deus para salvar os hebreus da escravidão em que viviam, no Egito.  A história não diz, claramente, em que circunstâncias algumas famílias descendentes dos patriarcas bíblicos – Abraão, Isaac e Jacó – se migraram para o Egito. O mais provável é que essas famílias tinham ido à procura de melhores condições de vida, numa época em que a Palestina vivia uma seca severa. Mas, em determinado momento, os dirigentes daquele país, decidiram escravizar os estrangeiros. O povo de Deus viu, então, piorar consideravelmente as suas condições de vida. Essa opressão consistia em privação de liberdade, violência e na forma desumana das condições de trabalho. Era uma situação desesperadora. Diz o livro do Êxodo: os filhos de Israel gemiam por causa da servidão. Eles clamaram e da servidão seu grito de aflição subiu até Deus. E Deus ouviu os gemidos deles e lembrou-se da sua própria aliança com Abraão, Isaac e Jacó. Deus viu os filhos de Israel e Deus os reconheceu (Ex 2,23-25). Os escravos oprimidos pediram a ajuda de Deus e Ele ouviu o clamor de seu povo. Ele está sempre atento e pronto para intervir. Em resposta ao pedido daquele povo sofrido Ele inicia um projeto de libertação e chama Moisés para ser o condutor. Mesmo se julgando incapaz para tarefa tão grandiosa Moises aceita a missão com fé e disposição.

A trajetória de Moisés mostra que responder ao chamado de Deus é um processo contínuo de renovação e crescimento espiritual. Ele responde prontamente “Aqui estou”, mas, frequentemente se retirava para rezar e buscar a orientação de Deus, mostrando a importância de se manter uma conexão constante com o divino. Todos são livres para responder “sim” ou “não” ao chamado de Deus, mas não o são para deixa-Lo sem resposta. Deus sabe o que é melhor, por isso mais vale responder positivamente ao que Ele pede. Moises temia não responder à altura o chamado, mas confiava que Deus estaria com ele em todas as etapas da missão.

A história da libertação do povo de Israel da escravidão no Egito torna-se referencia para todas as libertações. Deus está pronto para libertar seu povo de todas as prisões, como a do egoísmo, da ganância, dos vícios, da inveja, da falta de amor. Ele está vivo e atuante na história dos homens, agindo no coração e na vida de todos que lutam para tornar este mundo mais livre, mais humano e mais feliz.

Que nesta caminhada da quaresma todos sintam a presença de Deus em sua busca íntima diária pela conversão, vivendo o espírito de penitência e de reconciliação!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Texto: Dalva Pereira Silva Soares

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