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Liturgia do 25º domingo do tempo comum

Ninguém pode servir a dois senhores (Lc 16,31)

A liturgia deste domingo é muito interessante. Já na primeira leitura, traz a profecia de Amós denunciando o povo daquela época, que buscava de todas as formas lucrar em seus comércios de maneira desonesta e, para ganhar cada vez mais, humilhava as pessoas mais pobres. Mas o profeta adverte: isso não agrada ao Senhor (Am 8,7).

Já no Evangelho, Jesus conta uma parábola que não é muito fácil de compreender, mas da qual tira lições importantes para nossas vidas.

Ele conta a história de um administrador infiel que tinha um patrão rico, o qual acaba descobrindo que ele estava esbanjando seus bens.

O patrão, então, pede contas da sua administração.

O administrador, por um momento, fica sem saída e começa a refletir sobre o que seria de sua vida se perdesse o emprego.

Ele não desiste: usa toda a sua sabedoria e esperteza para se safar dessa situação difícil.

Pensa que não tem forças para trabalhar e que pedir esmola seria motivo de vergonha.

Então se lembra de que muitas pessoas deviam ao seu patrão e não conseguiam pagar a dívida.

Ele chama uma por uma e faz descontos significativos para esses credores, com a intenção de que, quando perdesse o emprego, essas pessoas pudessem recebê-lo em suas casas. Assim, não ficaria desamparado.

O patrão, sabendo da atitude dele, o elogia, porque o administrador infiel usou de esperteza (Lc 16,8).

Jesus, então, usa essa parábola para convidar os filhos da luz a usarem todas as armas para não perderem a salvação.

Ele disse que os filhos das trevas são fiéis às coisas deste mundo e usam suas forças, inteligência e esperteza para se saírem bem em seus empreendimentos.

Por isso, Jesus convida a todos a serem filhos da luz, e não das trevas; a sermos fiéis no pouco e a usarmos toda a esperteza para não perdermos a salvação, para que um dia sejamos recebidos na morada eterna.

Outro ensinamento que Jesus deixa para nós é que não podemos servir a dois senhores, porque, senão, vamos amar um e desprezar o outro.

Jesus está dizendo que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, às coisas materiais.

Nós devemos usar o dinheiro e os bens materiais para sermos salvos. Não podemos ser escravos de nada que nos tira a salvação, de nada que nos afasta do Senhor.

Na segunda leitura, da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo, vemos que Deus, nosso Salvador, quer que todas as pessoas sejam salvas e cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2,3).

Meus irmãos, a liturgia deste domingo nos convida a lutar com todas as nossas forças para continuar no caminho certo, o caminho da salvação. Nada neste mundo, nem mesmo os bens materiais, pode nos tirar da presença do Senhor. Vamos precisar do dinheiro e dos bens materiais enquanto vivermos aqui, mas eles devem ser apenas instrumentos para nossa salvação.

Agindo assim, buscando servir ao único Deus verdadeiro — nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Pai e o Espírito Santo —, um dia seremos recebidos na morada celeste.

Que o bondoso Deus continue nos abençoando ricamente!

Dario Rossine

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