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A quem iremos, Senhor?

A liturgia de hoje (25) fala do grande poder que Deus concedeu a seu povo: o livre arbítrio. Lembra que Ele preparou para todos um caminho de vida pleno a ser percorrido, com liberdade e responsabilidade. Ensinou que somente este é o caminho da verdade e da vida. Quem escolher trilhar o caminho do Reino certamente vai trilhar o caminho do amor, da fraternidade, do serviço ao irmão e á comunidade. Mas o mundo também tem sua oferta de vida, onde se prioriza valores como o materialismo, o apego ao dinheiro e ao poder, o culto ao corpo, a ambição. A escolha é livre.

No Evangelho de João vemos que a multidão esperava um messias que lhe oferecesse uma vida confortável e pão em abundância e Jesus mostrou que não veio oferecer coisas, mas oferecer Ele próprio para que a humanidade tivesse vida. A multidão esperava uma proposta terrena de triunfo e glória e Jesus convidou-a a identificar-se com Ele e a segui-Lo. Os seguidores perceberam claramente que Jesus os coloca diante de duas opções: continuar a viver numa lógica humana de satisfações imediatas ou assumir a lógica de Deus fazendo da vida um dom de amor a ser partilhado com os irmãos. Diante da proposta muitos recusaram-se a continuar seguindo Jesus. Com a partida daqueles que recusaram sua proposta Ele questiona os que ficaram: “Vós também vos quereis ir embora”? Pedro, em nome dos doze apóstolos, responde: A quem iremos, Senhor?

Pode-se compreender pela resposta de Pedro, que a fidelidade a Deus é uma questão de fidelidade a uma pessoa, com a qual se deve unir para caminhar juntos pela mesma estrada. Esta pessoa é Jesus. Tudo que o mundo oferece não sacia a fome do infinito, do eterno. Cada cristão precisa estar com Jesus, de alimentar da sua mesa, com suas palavras de vida e amor. Acreditar em Jesus significa torna-lo o centro, o sentido da vida. Ele é o pão vivo, o alimento indispensável. Estar unido a Ele não significa estar acorrentado, mas perfeitamente livre, sempre no caminho da salvação.

Os apóstolos que recusaram a proposta de Jesus e O abandonaram certamente querem viver a lógica do mundo, que prioriza o poder, os bens materiais, o culto a valores menores como a ambição e glória pessoal. Um fato que chama bastante atenção no Evangelho (Jo 6,60-69), é a serenidade com que Jesus encara o não desses discípulos ao projeto que Ele veio propor. Jesus não obriga ninguém, não protesta nem ameaça, mas respeita absolutamente a liberdade de escolha dos seus seguidores. Aqui Ele mostra o respeito de Deus pelas decisões (mesmo erradas) do homem. Ele entende as dificuldades que o homem tem em comprometer-se com as coisas do Reino, o respeita e aceita que ele exerça o seu direito de liberdade plena.

A quem fica com Ele Jesus convida a viver sua misericórdia de amor, respeito e serviço para com todos os irmãos, inclusive com aqueles que seguem caminhos diferentes, que conduzem sua vida de acordo com valores e critérios diferentes.

Essa diferença de caminhos não pode, de forma alguma, afastar o cristão do irmão, seja qual for o destino escolhido por este; também não pode servir de pretexto para afasta-lo do convívio com a comunidade.

Louvado seja Nosso Senhor Cristo!

Texto: Dalva Pereira Silva Soares

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