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Acolhidos retornam para Comunidade Terapêutica em Jaboticatubas

Os acolhidos da Comunidade Terapêutica Reviver foram recebidos de volta à fazenda em Jaboticatubas nessa quarta-feira (17), após um período de quarenta dias afastados por causa dos casos de Covid-19 registrados. Cerca de 13 acolhidos participaram do momento de acolhimento, que contou com um teste rápido de coronavírus, para certificar que não estavam contaminados, além de distribuição de máscaras de tecido e uma orientação sobre práticas de prevenção da doença com a cartilha produzida pela Reviver.

Logo que chegaram, os acolhidos foram recepcionados pela equipe técnica, que aferiram a temperatura corporal deles e de seus acompanhantes e os e encaminharam para a testagem. Enquanto aguardavam o resultado do teste RT-PCR, que analisa a amostra coletada por nasofaringe, os acolhidos receberam três máscaras de pano e a cartilha “Prevenção à Covid-19”, que foi utilizada na oficina de práticas de cuidados, realizada após o acolhimento.

Todos testaram negativo, mas o teste será refeito em sete dias para confirmar o resultado e eliminar a possibilidade de um falso positivo.

Para o acolhido Bruno Gonçalves, de 38 anos, de Venda Nova, bairro de Belo Horizonte, o período que passou em casa foi desafiador. “Para admitir que você precisa de tratamento é difícil, para vir para cá é mais difícil e para estar aqui, acostumar com o tratamento e ter que voltar para casa é ainda mais difícil. Mas eu tive a compreensão de que, mesmo estando em casa, eu ainda estava em tratamento e deveria permanecer longe da rua”, relata.

O acolhido Bruno Gonçalves recebendo a cartilha de prevenção ao Covid-19

Bruno comenta que estava contando os dias para retornar à fazenda. “A ansiedade bate forte e te balança, faz você pensar se quer voltar, se quer continuar o tratamento, no meu caso eu coloquei nas mãos de Deus. Eu tenho muito apoio e sei que preciso desse tratamento. Continuei conversando com as psicólogas sempre que me sentia ansioso, fiquei até chato, porque perguntava toda hora quando poderia voltar. Quando recebi a notícia com a data de retorno eu fiquei muito aliviado”, conta.

Assim como Bruno, o acolhido Marcelo Tadeu, de 45 anos, de Contagem, região metropolitana, também está feliz de retomar seu tratamento e conseguir se livrar da dependência química. “No dia que falaram comigo a data de voltar eu fiquei muito alegre, aí eu parei para pensar: eu estou indo me internar, por que estou nessa alegria toda?! Mas é a felicidade de saber que na frente vai ter um resultado positivo”, comenta.

O acolhido Marcelo com a equipe técnica

De acordo com Marcelo, suas expectativas são as melhores. “Eu sei da competência dos profissionais da CT e sou muito bem tratado. Estou muito investido no tratamento e quero realmente ter uma vida nova, melhorar meu jeito de ser e recuperar o que eu perdi com o vício. A droga só vai me levar para o caixão e eu não quero mais passar por isso. Para ter uma vida digna, andar com a cabeça erguida, temos que estar próximos de Deus e eu quero resgatar minha espiritualidade”, destaca.

Já para Mario Oliveira, pai do acolhido Pedro Henrique Oliveira, de Belo Horizonte, é uma benção poder levar seu filho de volta para o tratamento. “É um conforto trazer meu filho aqui e saber que ele vai ficar em boas mãos, apoiado por pessoas competente e capazes, que irão ajudá-lo. É muito bom ver ele conseguindo se identificar com o tratamento”, declara.

O acolhido Pedro Henrique Oliveira recebendo a cartilha e máscaras
Prevenção à Covid-19

Após o acolhimento, todos os internos se reuniram para participar da orientação sobre as formas de prevenção ao coronavírus, que utilizou como material de apoio a cartilha produzida pela Reviver. Durante o momento, foram respondidas dúvidas e reforçadas algumas práticas essenciais para uma proteção eficaz.

A capacitação, além de levar conhecimento, é também uma forma de autocuidado e cuidado com o outro. “Na adicção o dependente químico vive uma vida em que pensa só em si, já no processo de tratamento/mudança de vida é importante criar a empatia, e nada melhor do que já inserirmos os acolhidos nesta problemática mundial em que cuidar de si, é também cuidar do outro e vice-versa. E esta ação extrapola o espaço institucional, onde eles poderão levar para convivência com seus familiares”, comenta Roseli Carvalho, coordenadora técnica da Comunidade Terapêutica Reviver.

Nesse sentido, a Reviver redobrou os cuidados em relação à prevenção e proteção contra a Covid-19, pensando no cuidado tanto com os acolhidos quanto com a equipe de serviço. “Fiquei sentindo como a Parábola do Filho Pródigo, mais precisamente do Pai Misericordioso, quando aquele filho voltou para casa e foi acolhido pelo Pai de braços abertos – foi bem isso que fizemos, não quisemos saber o que eles fizeram no tempo que ficaram fora da Comunidade Terapêutica, apenas nos preocupamos em recebê-los novamente”, conta Roseli.

A expectativa agora é de retornar com os acolhimentos, tomando todos os cuidados necessários, e dar continuidade a missão da Reviver no trabalho de salvar vidas. “Temos muita gente lá fora que precisa do nosso trabalho para continuar a viver e estamos com todo cuidado para receber a todos”, finaliza.

Confira alguns registros abaixo:

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