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Amar o próximo é testemunhar o amor a Deus e a resposta ao problema social

São Lucas, na liturgia deste 25° Domingo do Tempo Comum, quer despertar em nós o senso daquilo deve ser o centro de nossa realidade cristã.

O texto nos conta sobre uma parábola de Jesus, registrada em Lucas 16, 19-31, através dela, somos chamados ao confronto, não com a condição de Lázaro, pobre na vida terrena e rico na eternidade, porque, isso poderia nos levar ao entendimento de que somos chamados a suportar as adversidades com resiliência e esperar só o que a eternidade nos reserva. Por mais que devamos ter a eternidade como perspectiva de vida, ao que somos chamados em nossa jornada é muito mais que suportar. Nem mesmo, devemos assumir na totalidade o papel dos cinco irmãos, como se hoje, o Senhor estivesse querendo nos despertar o olhar para a escatologia, para a conversão urgente em vista do julgamento final. A palavra de hoje quer nos ajudar na vivência genuína de nosso batismo.

Como eixo central de nossa reflexão vamos considerar o rico epulão. No versículo 19, assim diz: “Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias”. Trata-se de um rico que considerava que a finalidade de sua vida era a satisfação de seus interesses, completamente alheio ao que estava em seu redor, só se preocupando com seus desejos.

Não teria problema se ele tivesse usado sua riqueza para ajuntar e aumentar os tesouros no céu, pelo contrário, preferiu ser indiferente a Deus e ao próximo. A liturgia nos esclarece que o problema não consiste no fato de possuir riquezas, mas sim em ter uma administração individualista. O erro ocorre quando se divorcia alguma área de nossas vidas, daquilo que devemos buscar: o céu!

Na liturgia do Evangelho no domingo anterior, a Palavra de Deus nos disse: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 6,13). É fundamental que todos nós possamos nos confrontar e refletir se a forma que administramos nossos bens testemunha ou não nosso serviço a Deus. O que distingue, se estamos servindo ou não ao dinheiro, é a nossa disponibilidade em exercitar a compaixão com quem está ao nosso redor e piedade em partilhar o que por graça de Deus recebemos ou adquirimos.

Como luz para os nosso passos, a Palavra de Deus vem para nos sensibilizar e reconhecer a presença de novos ‘Lázaros’, em nossas vidas. Muitas vezes, estão bem pertos e corremos o risco de não percebermos. O Lázaro de hoje pode ser um membro da família, um vizinho, ou um irmão necessitado que encontramos pela estradas da vida, pessoas.

Nossos bens precisam ser administrados de forma a não colocar barreiras em nosso itinerário rumo ao céu. Diante de Deus, nós todos somos os Lázaros, porém, por bondade Divina, não somos deixados de lado, ao contrário, somos convidados pela Palavra a tomarmos nossos lugares no banquete, a participarmos da grande festa da misericórdia. Tudo que nos faz bem é devido a compaixão de Deus. Todavia, a escuta do chamado Divino, nos impele a escutarmos também os apelos das pessoas que estão próximas a nós.

No sacramento do batismo recebemos o chamado a santidade, no Evangelho o Senhor nos apresenta o amor a Deus e ao próximo como vias de santificação. A graça recebida no batismo precisa dar sentido a nossa existência na totalidade, assim sendo, a forma como administramos os bens devem também ter como balizas e ser expressão do nosso amor a Deus e ao próximo.

Texto: Emerson Alves

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