A leitura do evangelho de Lucas 13, 1-9, nos coloca diante da finalidade desse tempo litúrgico da quaresma: a necessidade de nossa conversão.
Porém, quando ouvimos o Senhor dizer: “se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (3b), ao invés de recebermos com medo essa Palavra, devemos reconhecer a oportunidade amorosa que em Jesus, e á partir Dele se manifesta diante de nós, podemos cair na tentação do medo.
A conversão precisa ter como causa e motivação o amor de Deus por nós que revela em Jesus Cristo, em sua paixão, morte e ressurreição. É nos deixando perpassar pelo amor do Senhor quando contemplamos o Senhor nos amando é que somos libertos do medo da morte eterna, é a potência do amor de Jesus que nos translada do pecado e da morte para a vida plena é o amor de Deus que lança fora todo medo.
Hoje somos chamados à termos a sensibilidade de reconhecermos em Jesus a Pessoa de Deus que vem nos abraçar, transformar e converter todo o nosso ser. Só o medo da morte eterna não pode ser o motivo de buscarmos a mudança de nossas vidas, se faz essencial absorver o amor do Senhor como centro que nos impulsiona à nos abrirmos a transformação que o Espírito Santo quer operar em nós.
Procurar a conversão por termos medo da morte pode nos levar à conversão momentânea e superficial, a única forma de uma conversão profunda, plena é pela experiência contínua do amor do Senhor.
Que neste domingo possamos nos abrir à graça de Deus e nos deixarmos mover em busca da conversão como gesto de gratidão ao amor recebido do Senhor.
Texto: Emerson Alves
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