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Condições essenciais para experimentarmos a misericórdia de Deus

Neste quarto domingo da quaresma somos convidados pela liturgia (Evangelho segundo São Lucas 15, 1-3, 11-32) para meditarmos na oferta da misericórdia de Deus. A reflexão de hoje quer nos levar ao entendimento das condições essenciais para sermos envolvidos e transformados no amor misericordioso do Senhor.

Logo no versículo (1) o texto diz “Todos os publicanos e pecadores aproximavam-se para ouvi-lo”. e é justamente aqui que se revela o essencial para sermos transformados pela misericórdia do Senhor: Deus, na Pessoa de Jesus torna-se próximo dos pecadores e concede livre acesso para que os pecadores cheguem perto dele.

No primeiro testamento a concepção era de que os pecadores estavam fadados a viverem longe de Deus, era uma situação totalmente irreversível. Mas, na plenitude dos tempos, dando vida ao novo testamento, o Pai manifesta explicitamente a sua face misericordiosa ao enviar Jesus Cristo, Seu Único Filho para habitar entre nós, morrer em nosso lugar e nos salvar através de sua ressurreição.

Somos chamados à reconhecermos que a primeira e fundamental ação é sempre do Pai, é Ele que em seu amor se dirige a todos pecadores oferecendo-lhes gratuitamente seu amor misericordioso. É Ele que com o seu gesto de se debruçar sobre o homem pecador para o redimir faz o prodígio de purificar o pecador através de seus amor misericordioso. Todavia, não se trata de uma ação forçada da parte de Deus, Ele não quer obrigar ninguém a acreditar e a aceitar sua misericórdia, Ele chega perto para presentear o pecador com seu amor misericordioso, porém, sempre respeitando a liberdade deste, em tomar ou não posse do que lhe é oferecido.

Á reflexão da parábola do Pai misericordioso quer nos mostra o que devemos fazer para experimentarmos a graça amorosa de Deus. O filho mais novo ao voltar de um país distante, onde havia perdido toda a herança faz a sua confissão: “Pai pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho” (21b). Se olharmos com atenção, o Pai movido de compaixão correu ao seu encontro e o abraça, o cobriu de beijos, entretanto, após demonstrar-lhe seu amor permite que seu filho o revele suas misérias, não porque o Pai quisesse lhe causar constrangimentos, e sim porque expressar as próprias misérias era a forma do filho de se abrir ao que lhe era dado acesso por amor. A confissão do filho mais novo era a forma de se apropriar do amor amor misericordioso do Senhor.

Quando olhamos o que se deu com o filho mais velho na parábola, podemos ver outro aspecto de como que como o Pai respeita a liberdade dos pecadores, o versículo (28b) diz: “Seu Pai saiu para suplicar-lhe”, o Pai em seu amor convida com insistência, mas, não vemos o Pai forçando seu filho mais velho a entrar para a festa. O Pai se expõe indo ao encontro do filho para manifestar-lhe seu amor, porém, respeitando sempre a liberdade de seus filhos em deixar-se envolver e participar ou não da experiência da misericórdia.

Neste domingo quaresmal, chegando cada vez mais perto da celebração do triduo Santo e da Páscoa do Senhor devemos ter clareza que a passagem da morte para a vida, da luz para as trevas ocorre por misericórdia de Deus e que a nós cabe termos a sensibilidade em reconhecer que continuamente o Pai está vindo ao nosso encontro esperando que diante dele confessemos nossas misérias para sermos envolvidos e transformados por sua infinita misericórdia. Somente seremos perpassados pela misericórdia de Deus á medida que dela nos reconhecermos inteiramente dependentes.

Texto: Emerson Alves

Imagem: Freepik

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