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Cristo ressuscitou, Aleluia!

Todos os dias de nossas vidas é um presente de Deus, mas, hoje, Domingo da Páscoa de Jesus, é o nosso dia, dia de todos os cristãos. Proclamamos com o salmista: “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!” (Sl 117,24).

Celebramos o eixo fundamental da história da humanidade. É o dia maior, é o centro do mistério da existência cristã, e por certo, de todos os homens, de todos os tempos. A tradição apostólica nos ensina a celebrar a Páscoa em oito dias, pois, como fala Santo Agostinho, estamos diante do “sacramento da Páscoa”.

Para iluminar nossa reflexão, a liturgia da Palavra nos apresenta o evangelho de João 20, 1-9. Nos propomos a aprofundar e meditar o versículo um: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo” (1). Ao ler este trecho, de maneira natural, devemos relacionar com o dia da criação da luz, ocorrido no primeiro dia da criação (Gn 1, 3-5).

É preciso reconhecer a ressurreição de Jesus como o reinício de uma nova criação. São Paulo, ao escrever aos colossenses, diz que Cristo ressuscitado é “o primogênito de toda a criação” (Cl 1,18). Se, o autor Sagrado, no livro das origens, nos diz que Deus viu que a luz era boa, e a separou das trevas; a vitória do Senhor sobre a morte, separa a alegria das tristezas, a liberdade do pecado, a criação velha, da nova criatura, a luz eterna é separada das trevas. A Páscoa cristã é um dia único, dia sem fim, é um prenúncio da vida eterna, que deve ser honrado, venerado como primícia de todos os outros dias.

Maria Madalena, foi ao túmulo e viu que a pedra havia sido removida.  Aquela grande pedra era o símbolo da morte, do abismo intransponível, ao qual o homem estava destinado a ser escravo. O demônio tinha por meio da morte, sua principal ameaça para prender a humanidade. No primeiro testamento, no livro do profeta Daniel, o rei, simbolizando o mal, jogou Daniel na cova dos leões, e, “trouxeram uma pedra, que foi rolada sobre a abertura da cova; o rei lacrou-a com seu sinete e com o dos grandes, a fim de que nada fosse modificado” (Dn 6, 18). 

Ao colocar Jesus no sepulcro, queriam que o leão da morte, que é o demônio, o devorasse. Vale destacar, que Daniel era uma prefiguração de Jesus. Se o profeta, sozinho, não conseguia sair da cova e, contou com ajuda externa, o Senhor, ressuscitado pelo Pai (At 2,32), com o auxílio do Espírito Santo, tem a pedra retirada.

Somos chamados, pela liturgia da Palavra, a recordar que a salvação nos é oferecida no encontro com Jesus ressuscitado e é comunicada gratuitamente a nós, no sacramento do batismo, nele e por meio dele, nos tornamos novas criaturas. “Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2,12).

Como nos apropriar da vida do ressuscitado? Como viveremos nesta vida, como cidadãos do céu? A resposta para estas perguntas se encontra numa das opções para a segunda leitura de hoje (09), em (1 Cor 5, 6b-8), e, assim nos diz São Paulo: “Acaso ignorais que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma massa nova, já que deveis ser sem fermento. Pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. Assim, celebremos a festa, não como velho fermento, nem com fermento de maldade ou de perversidade, mas com os pães ázimos de pureza e de verdade”.

O Senhor nos convida à vida nova, a saborearmos de sua vitória sobre a morte, contudo, não podemos admitir o fermento do pecado em nós. É preciso se desprender do fermento velho, renunciar à mentira, à hipocrisia religiosa e nos unirmos ao cordeiro Pascal, imolado na cruz. A condição para ressurgirmos com Cristo em sua ressurreição é morrer com Ele, ser sepultado com Ele, ou seja, morrermos para o pecado, morrermos para nós mesmos, para o mundo, sobretudo, quando passarmos pelas adversidades, sofrimentos e humilhações, conformando nossos corações a vontade de Deus.

Aleluia, aleluia, aleluia. Santa Páscoa!

Texto: Emerson Alves

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