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Degustar o céu, para vencer os obstáculos da planície

Neste domingo (05), a própria liturgia da Palavra quer nos ajudar a compreender bem o que significa viver a quaresma. O Evangelho de Mateus 17, 1-9, nos apresenta a transfiguração no monte Tabor, momento o verbo de Deus é revelado em sua divindade diante dos olhos de seus discípulos Pedro, Tiago e João.

Um pouco antes, o evangelista havia nos mostrado a pergunta de Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?” (16, 15), ao que Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, em palavras claras, Pedro proclama: “És o Messias!” (16, 17). Agora, é a voz de Deus Pai que responde: “Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha afeição; ouvi-o”. (5b).

Até a presente experiência, os discípulos não haviam vivenciado algo que os preenchessem tanto quanto, ouvir a voz do Pai e vê a glória de Jesus antecipada. Por isso se diz: “Senhor, é bom estarmos aqui”. (4). O contexto exterior era o melhor possível, eles estavam envolvidos pela nuvem da glória de Deus, seus corações exultaram de paz e gozo celestial. Ali era o lugar em que pensavam não terem que sair jamais, porém, Jesus se aproximou deles e disse-lhes: “Levantai-vos e não temais”. (7) Eles não tiveram alternativas, tiveram que deixar o alto da montanha e desceram novamente para a planície.

Esse ocorrido, nos introduz no que fato é nossa vida nesta terra, aquilo que a quaresma quer despertar em cada um de nós. Existem vários momentos maravilhosos, onde claramente Deus se mostra presente em nossas vidas, se nos examinarmos e deixarmos que o Espírito Santo ilumine nossa sensibilidade de fé, ficará claro as manifestações da glória Divina em nós e por nós. Contudo, não duram pra sempre neste vida. São experiências que servem como degustação do que virá, entretanto, não somente no sentido escatológico, no futuro, mas que podemos vivenciar em nossos corações ainda nesta vida.

Estamos a caminho da ressurreição, a experiência da transfiguração é dela uma antecipação. Como etapa, a quaresma não é um fim, e sim o meio pelo qual devamos alcanca-la. Mas, é preciso respeitar o percurso na planície, ou seja, das realidades da vida, das dificuldades inerentes de aflições e provas, purificações que temos que nos deparar para que o homem velho morra e renasça o novo homem.

A transfiguração manifesta em Cristo, aponta o que Deus quer nos dá. Somos chamados a sermos transfigurados em nossos corações, para que possamos atingir no céu a transfiguração em plenitude. A quaresma é o itinerário formativo e de conversão pelo qual vamos sendo transformados. É momento de morrer nossa escravidão mundana e pecaminosa, para ressurgir em nós a santidade de Deus.

Os sofrimentos desta vida, são a planície ao qual Jesus nos dirige, elas são nossas realidades difíceis, como os instrumentos Divinos através dos quais seremos e somos chamados a transformação.

Jesus dá também a cada um de nós a graça de saborear sua Divindade, sentir o gosto do céu no alto do Tabor, para que possamos ter a coragem de enfrentar os dissabores e obstáculos que surgirem na planície, sempre acreditando que, o Deus que se revelou já nos mostrou o que nos reserva em plenitude na eternidade.

Texto: Emerson Alves

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