Celebramos hoje a Solenidade do Batismo do Senhor, e de início devemos reconhecer uma condição: Jesus Cristo, o Filho de Deus, nascido por obra do Espírito Santo quis receber o batismo de conversão, mesmo não tendo nada em que deveria se arrepender, mas, porquê? Por qual razão o Senhor entrou na fila dos pecadores para se deixar batizar? Quis assim para mostrar a cada um de nós a importância de recebermos o Batismo que Ele quis nos conceder.
Ao olharmos a vida pública de Jesus vamos nos deparar com inúmeras situações de adversidades e temos que reconhecer uma experiência vivenciada em seu batismo que se constituiu a sua força para em tudo corresponder a vontade de Deus. Ao ouvir a voz do Pai: ” Tu és meu filho bem-amado; em ti ponho a minha afeição” (22c). Essa Palavra se tornou o fundamento no qual a vida e sobretudo, o ministério de Jesus se alicerçou.
Depois que Jesus elegeu seus discipulos, passou pela incompreensão de seus familiares, como registrado pelo evangelista Marcos, onde disseram: “Ele está fora de si”, em seguida, os escribas ao vê o início de seu ministério de salvação declararam: “Ele está possuído de Beelzebu: é pelo príncipe dos demônios que ele expele os demônios” (Mc 3, 21-22), em que Jesus Cristo, nosso Senhor, se manteve firme? Efetivamente na declaração que de ser o filho bem-amado do Pai e ter sua afeição, sim esse versículo foi a chave que envolveu os sentimentos de Jesus, que o preencheu o fez um homem plenamente equilibrado em sua afetividade.
Quando passou pelo abandono de seus discípulos-amigos ao ser preso, qual foi a graça que o manteve firme? Essa mesma declaração recebida no batismo, a vida de Jesus foi inteiramente perpassada por essa voz do Pai. Em sua paixão, crucifixão e diante da eminente morte na calvário, essa Palavra foi que envolveu todo o ser intra-psíquico do Senhor.
Em nosso batismo fomos adotados como filhos de Deus, em Cristo, pela presença do Espírito Santo em nós podemos confiadamente crê que essa Palavra, essa declaração também ressoou sobre nós. Devemos nos momentos de adversidades nos deixar envolver por essa Palavra de amor, por essa verdade de fé que afirma que somos filhos bem-amado e sobre nós o Pai pôs a sua afeição. Em todos os momentos de dificuldades, eis o fundamento sobre o qual temos que nos apoiar para buscarmos corresponder em tudo á vontade de Deus.
Texto: Emerson Alves
Imagem: Pixabay