Ouça Agora:
Radio Gospa Mira 105.7 fm

Ele me consagrou com a unção para anunciar a boa-nova aos pobres

Ele, a Palavra feito “carne”, apresenta o projeto que se propõe a concretizar no mundo: libertar os seres humanos de tudo aquilo que os priva de vida e lhes rouba a dignidade. Com Jesus começa um tempo novo, um tempo de alegria, de graça, de paz e de felicidade sem fim.

O Evangelho deste domingo (26) (Lc 1,1-4; 4,14-21) apresenta-nos Jesus, na sinagoga de Nazaré, terra onde passou uma boa parte da sua vida. A sinagoga era o espaço de encontro para oração, para a escuta das leituras da Lei e dos Profetas. A proclamação das leituras era feita por algum membro mais instruído da comunidade ou por algum visitante ilustre, conhecido pelo seu saber na explicação das escrituras, convidado pelo chefe da sinagoga a proclamar e a explicar a Palavra de Deus. Provavelmente a convite do chefe da sinagoga, Jesus levantou-se para fazer a leitura. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e Jesus leu a passagem de Is 61,1-2. Esta passagem se referia a um profeta que havia de vir para dar início a uma era de prosperidade, de justiça, de paz e de vida em abundância. Esse profeta, ungido e impulsionado pelo Espírito de Deus, teria como missão “anunciar a Boa Nova aos pobres; proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. No comentário a este texto, Jesus associa este profeta à sua própria pessoa e relaciona a missão desse profeta com a sua própria missão: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.

A missão de Jesus tem, portanto, vários pontos: Começa pelo anúncio de uma boa notícia aos pobres, aqueles que, desprovidos de todo tipo de bens materiais e do apoio da sociedade, vivem carentes, com humildade e simplicidade, muitas vezes explorados pelos ricos e poderosos e que esperam ansiosamente a libertação que só Deus lhes pode oferecer. Estes têm o coração sempre disponível para acolher os dons de Deus e são, pela sua situação de carência e fragilidade, os preferidos do Pai. O projeto de Jesus prevê, também, a libertação dos cativos, iluminar os caminhos dos que vivem no mundo das trevas; a cura aos doentes; a inclusão dos que a sociedade e a religião marginalizam e condenam: os que são desprezados e explorados pelos poderosos, os que são vítimas de todas as injustiças, os que a maldade humana diminui e desumaniza, os que vivem na escuridão da falta de esperança. Com a sua ação, com a sua atividade salvadora e curadora, Jesus irá inaugurar um tempo novo de salvação, de recomeço, de perdão de todos os pecados, de libertação de tudo aquilo que rouba do homem a vida e a felicidade. Essa será, a partir daquele momento, de forma absoluta e sem retrocesso, a missão de Jesus: a construção do reino de Deus.

O projeto de Deus para os homens continua a ser o mesmo, mais de dois mil anos após a sua implementação. A diferença agora é que a igreja tem a responsabilidade de cuidar da sua continuidade. A missão que Jesus recebeu e delegou não se tratava de uma ideologia abstrata, algo distante, inacessível, não eram metas de políticas governamentais terrenas. Portanto, a comunidade cristã de hoje tem a responsabilidade de assumi-la ou não será verdadeiramente a Igreja que recebeu como herança de Cristo.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Texto: Dalva Pereira Silva Soares

Compartilhe

Leia Mais

Caminho Vocacional

Se você sente o chamado a servir a Deus  dentro do nosso carisma, e quiser iniciar uma caminhada vocacional, fale conosco!