A liturgia deste domingo (21) traz a figura da ovelha e do pastor. A primeira leitura começa com uma exortação aos pastores que deixam o rebanho dispersar, que deixa o rebanho sem cuidado e até mesmo expulsam o rebanho para longe (Jr 23,1). Esse rebanho é o povo de Israel: um povo abandonado, sem cuidado, um rebanho sem pastor.
Mas o Senhor faz uma promessa de reunir o rebanho que foi expulso e que estava distante. O Senhor ia suscitar novos pastores para apascentar o rebanho. Pastores que cuidariam do rebanho e que as ovelhas não precisariam ter medo. Que faria nascer um descendente de Davi que reinaria como rei e cheio de sabedoria que salvaria o povo de Israel (Jr 23,6).
Jesus é este pastor, o verdadeiro pastor. Ele veio para reunir todo rebanho! Jesus é a nossa paz, como está escrito na segunda leitura: ele veio anunciar a paz aos que estavam longe e aos que estavam próximos (Ef 2,17).
O evangelho mostra o cuidado de Jesus com os discípulos que estavam cansados da missão. Jesus leva eles para um lugar deserto para descansar um pouco (Mc6,31). Eles foram de barco para um lugar deserto afastado, mas a multidão os viram partir e saíram de várias cidades a pé e chegaram antes deles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão porque eram como ovelhas sem pastor. Jesus, ao referir a multidão, vê que era um povo sofrido, abandonado, maltratado, doente e que realmente estava como ovelhas sem pastor. O povo ia atrás de Jesus porque ele cuidava, amava e ensinava. Ele sim é o verdadeiro pastor. Ele deu a vida por todos nós.
Como está escrito no salmo “O senhor é o pastor que me conduz não me falta coisa alguma”, é Ele que nos leva a descansar, nos leva às águas repousantes e restaura as nossas forças. Quem tem Jesus como único pastor não escuta outras vozes. Somente Jesus pode nos guiar por caminhos seguros, mesmo quando passarmos pelo vale tenebroso não precisamos temer porque o Senhor está conosco.
Texto: Dario Rossine