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Que queres de nós, Jesus de Nazaré?

O Evangelho de hoje (Mc 1,21-28) nos apresenta o princípio da caminhada do povo ao encontro do Messias e do seu anúncio da salvação. Rodeado já pelos primeiros discípulos, Jesus começa a revelar-Se como o Messias libertador, que está no meio dos homens para lhes apresentar a proposta de salvação, para a qual Deus O enviou.

Era um dia de sábado, na cidade de Cafarnaum, Jesus, chegado há pouco a cidade, entra na Sinagoga, onde a comunidade está reunida para a liturgia. A celebração comunitária começava, normalmente, com a “profissão de fé” (cf. Dt 6,4-9), a que se seguiam orações, cânticos e duas leituras (uma da Tora e outra dos Profetas); depois, vinha o comentário às leituras e as bênçãos. É provável que Jesus tivesse sido convidado, nesse dia, para comentar as leituras feitas. Ele o fez de uma forma surpreendente, diferente dos comentários que as pessoas estavam habituadas a ouvir dos estudiosos das Escrituras e dos Mestres da Lei.  As pessoas ficaram maravilhadas com as palavras de Jesus, porque Ele ensinava com autoridade.  Ele fala com autoridade. O que Ele diz vem da sua experiência de Deus. É uma palavra livre, sincera, convincente, que mexe com os corações. As pessoas que O escutam percebem que as suas palavras têm a marca de Deus.

A autoridade que se revela nas palavras de Jesus manifesta-se, também, em ações concretas, como se a autoridade das palavras tivesse de ser validada pela própria ação. Após o pronunciamento de Jesus, que transmite aos que estavam ali presentes na sinagoga, um sinal inegável da presença de Deus, “um homem com um espírito impuro” se manifesta violentamente: “Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste nos destruir? Eu sei quem tu és: O Santo de Deus”.

Os judeus acreditavam, naquela época, que todas as doenças eram provocadas por “espíritos maus” que se apropriavam dos homens e os tornavam prisioneiros. As pessoas afetadas por esses males ficavam numa situação de impureza, isto é, afastadas de Deus e da comunidade e que esses “espíritos maus” tinham um poder supremo e que os homens não podiam, diante de sua fragilidade, combate-los. Acreditava-se que só Deus, com o seu poder e autoridade absolutos, era capaz de vencer esses espíritos maus e devolver aos homens a vida e a liberdade perdidas.

Diante da interpelação do homem Jesus o intima: “Cala-te e sai dele”, e este O obedece imediatamente. Este fato vem nos demonstrar, sem qualquer sombra de dúvidas, que, ao ouvir as palavras de Jesus e ao perceber que as mesmas vêm de Deus, que têm a autoridade do Pai, os espíritos maus, ficam inquietos, porque sentem que o seu poder sobre a humanidade chegou ao fim. A ação da cura do homem com um espírito impuro constitui a prova incontestável de que Jesus traz uma proposta de libertação que vem de Deus. Pela ação de Jesus, Deus vem ao encontro da pessoa para a salvar de tudo aquilo que a impede de ter vida em plenitude.

Jesus veio ao encontro dos homens para os libertar de tudo aquilo que lhes rouba a vida. A libertação que Deus quer oferecer à humanidade está acontecendo. O Reino de Deus instalou-se no mundo. Jesus, cumprindo o projeto libertador de Deus, pela sua Palavra e pela sua ação, renova e transforma em homens livres todos aqueles que vivem prisioneiros do egoísmo, do pecado e da morte. Aquele homem “com um espírito impuro” que interroga Jesus na sinagoga de Cafarnaum representa todos os homens e mulheres, de todas as épocas, que são reféns do egoísmo, do orgulho, do medo, da exploração, da injustiça, do ódio, da violência, do pecado; representa os homens e mulheres que percorrem um caminho à margem de Deus e das suas propostas, que apostam em valores vazios e escravizantes ou que procura a vida em propostas fúteis e passageiras.

O Evangelho de hoje vem reafirmar para nós que Deus não Se conforma em ver-nos caminhar pelos caminhos da escravidão e do pecado, do sofrimento e da morte. Ele sempre estará conosco, nos oferecendo a liberdade, o amor e a salvação. Cabe a nós escolhermos qual caminho seguir.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

 Texto: Dalva Pereira Silva Soares

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