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“Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” Jo 8,1-11

No Evangelho de hoje (06), Jesus mostra, a partir da história de uma mulher acusada de adultério, como Deus lida com as decisões erradas: “Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante, não peques mais”. O perdão de Deus, fruto de seu amor, falará sempre mais alto que o pecado cometido.

Os mestres da Lei e os fariseus apresentam a Jesus uma mulher flagrada em adultério. Lembram a Ele o que a Lei determina para esse tipo de infração, mas, querem saber a sua opinião. A Lei realmente determinava que, “se um homem cometer adultério com a mulher de seu próximo, o homem adúltero e a mulher adultera serão punidos com a morte”. Curiosamente os acusadores desta mulher não fazem qualquer referencia ao homem com quem ela havia cometido o adultério. No entanto essa Lei nem sempre era aplicada. Também aqui não parece que os juízes da mulher pareciam dispostos a aplica-la, estavam mais interessados em armarem uma cilada para Jesus e terem motivo para acusá-lo, porque se Ele optasse pelo perdão estaria agindo contra a Lei, mas se aprovasse a condenação da mulher estaria contradizendo tudo o que costumava ensinar sobre perdão misericórdia e compaixão. A situação era muito complicada: não se tratava só de uma decisão que implicava em vida ou morte de uma pessoa. Os acusadores não se importavam, verdadeiramente, com a situação ou com o crime da mulher, o que estava em pauta era buscar motivo para comprometer Jesus.

Jesus não responde de imediato. Inclinando-Se começou a escrever com o dedo no chão. Provavelmente estava usando desse tempo para acalmar sua irritação diante do cinismo daqueles vigilantes da moral e dos bons costumes; mas também poderia servir para que aqueles Mestres da Lei percebessem a gravidade do que estavam impondo, em nome de Deus. Com seu silencio Jesus estava convidando aquelas autoridades a pensarem não com o rigor da Lei, mas sob o domínio da misericórdia. No entanto eles não quiseram ou não souberam aproveitar a oportunidade que lhes foi dada para chegarem, por eles próprios, a compaixão. Continuaram a pressionar Jesus exigindo uma resposta: Jesus responde, então: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” Jesus convidava aquela gente a tomar consciência de que o pecado é uma consequência da fragilidade humana e que ninguém está livre dessa condição. Não pode, alguém, consciente dos seus limites e falhas ter a coragem de acusar outros e de exigir que lhes seja retirada a vida, como castigo.

Após se pronunciar Jesus continuou a escrever no chão, dando a eles tempo para interiorizarem o que acabavam de ouvir e tirarem as conclusões necessárias. Após uma pausa os julgadores da mulher foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos. Jesus fica, então, sozinho com a mulher. O julgamento havia terminado, mas a mulher permanecia ali, á espera de uma palavra de Jesus. Ele, então, faz z seguinte recomendação: “Podes ir e, de agora em diante, não peques mais”.

Jesus não veio para condenar ninguém. Ele veio para mostrar o rosto e o coração de Deus, que ama incondicionalmente os seus filhos e não os condena pelas suas fragilidades, mas espera sempre o arrependimento sincero e a reconciliação.

Só o amor transforma e permite a superação dos limites humanos. Essa é a realidade do Reino dos Céus.   

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Dalva Pereira Silva Soares

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