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Senhor, ensina-nos a rezar… Lucas 11,1

O evangelho de hoje leva a comunidade cristã a meditar sobre a importância da oração. Jesus se encontra em um lugar, provavelmente isolado, rezando. Os discípulos estão um pouco afastados, não têm coragem de interrompê-lo, mas estão impressionados com a forma como Ele se relaciona com Deus. Quando Jesus termina a sua oração, os discípulos se aproximam e pedem que os ensine a rezar, porque eles também querem seguir o Seu exemplo e aproximar-se desse Pai amoroso e bom do qual tanto ouvem falar.

O evangelista Lucas dá grande importância a oração de Jesus. Ele se refere a ela em diversos momentos, notadamente no seu batismo por São João Batista (Lc 3,21), antes da Escolha dos Doze (Lc 6,12), antes do primeiro anúncio da paixão (Lc 9,18), no contexto da Transfiguração (Lc 9,28-29), após o regresso dos discípulos da missão (Lc 10,21), na última ceia (Lc 22,32), no Monte das Oliveiras (Lc 22, 40-46) e antes da crucificação (Lc 23,34-46). Lucas pretende mostrar que Jesus, antes de tomar decisões importantes, fala com o Pai e busca pela oração, nesse contato próximo, entender a vontade D”Ele e buscar suas orientações.

Jesus ensina os discípulos como rezar, como dialogar com Deus. Esse diálogo deve ser, primeiramente, cheio de respeito como o de um filho com seu pai e o teor da conversa deve contemplar a realização do plano de Deus para o mundo e para os homens. O projeto de Deus e seu desejo é que seus filhos vivam no amor, no serviço, longe do ódio, do pecado, do egoísmo, da inveja; sem rancor e revanchismo. As orações dirigidas a Ele devem estar sempre dentro deste contexto. Os discípulos de Jesus devem compreender Deus como um pai e dirigir-se a Ele como tal, com respeito e confiança. Ver Deus como um pai não é, para os que conviveram com Jesus, uma novidade. No antigo testamento Deus é o pai que manifesta amor e cuidado pelo seu povo. Mas, na época de Jesus não era comum os seus seguidores usarem este título na oração individual para se dirigirem a Deus. Ao pedir aos discípulos que tratem Deus como pai, Jesus os inclui na comunhão, na intimidade que existe entre Ele e Deus. Unidos a Jesus os discípulos estabelecem com o Pai uma relação íntima, única, familiar. Passam a ser irmãos de Jesus e membros de uma mesma família.

A oração é um diálogo pessoal e íntimo com Deus. Cada cristão deve buscar a melhor forma de se aproximar do Altíssimo. Esse diálogo pode ser através das preces tradicionais ou podem ser utilizadas expressões pessoais, sinceras, vindas do fundo do coração. O essencial é se buscar sempre a conexão com o Divino. Enfim, a oração é uma pratica essencial para a vida cristã, um meio de relacionamento com o Criador, onde quem crê expressa suas necessidades, busca direção e fortalece a fé.

Ser filho de Deus significa reconhecer a fraternidade, a comunhão, é se sentir inserido em uma imensa família que reúne homens e mulheres de todas as raças, culturas e nações. Chamar Deus de Pai significa sair do individualismo que aprisiona, superar as divisões e destruir barreiras que impedem de amar e de ser solidário com outros irmãos e irmãs, filhos queridos do mesmo Pai. Chamar Deus de Pai implica em aceitar o amor como única fonte de vida, como a energia que deve mover o mundo.

 

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Dalva Pereira Silva Soares

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