Ao celebrarmos o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo somos chamados à refletir sobre qual é o fundamento que escolhemos para ás nossas vidas.
Pedro era um pescador, vivia em função de lançar as redes e conseguir o sustento de sua família, quando tem o encontro com o Senhor Jesus é chamado á tornar-se pescador de homens. Á partir desse momento edifica sua vida tendo como base unicamente á Pessoa do Senhor. “A quem iremos nós, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68).
Ele se deixou seduzir por completo pela Pessoa de Jesus e se e entregou até a morte que ocorreu em Roma.
Já o apóstolo Paulo era fariseu, pertencia ao grupo de religiosos que procuraram estudar a lei e tê-la praticada era como que o alicerce único de sua história, quando estava perseguindo os cristãos teve o encontro com o Senhor e teve sua vida transformada, foi constrangido pelo amor de Jesus: “O amor de Cristo nos constrange” (2Corintios 5, 14).
Fez da graça amorosa de Jesus seu único fundamento: “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus” (Ef 2,8). A graça de Deus o impulsiona a dar a vida pelo anúncio do Evangelho.
Se faz necessário de nossa parte sensibilidade á ação de Deus. Ele vem ao nosso encontro hoje, quer atualizar em nós a graça da salvação. Na Pessoa de Jesus somos libertos de todos os males, Nele encontramos o verdadeiro sentido para a vida, a liberdade e o amor emanam somente de seu coração. Tal qual os apóstolos se convenceram que Jesus entregou-se por suas vidas e procuraram corresponder, que possamos hoje saborear a graça da salvação que Jesus nos comunica e tomarmos uma firme decisão pelo martírio.
Se não pudermos com o martírio vermelho, derramando nosso sangue por Ele, que estejamos hoje convencidos de enfrentar o martírio branco, de morrermos para nós mesmos, para o pecado e para o mundo e nos decidirmos a escolher sempre pela vontade do Senhor, edificando sob a vontade de Deus nosso presente e futuro.
Texto: Emerson Alves