O evangelho deste domingo (quarto domingo da Páscoa) nos convida a lançarmos dois olhares essenciais que são capazes de mudar a nossa realidade: olharmos Jesus Cristo como Pastor e nos olharmos como suas ovelhas.
É o Senhor Jesus Cristo mesmo que se apresenta como Pastor de ovelhas e declara “ninguém vai arrancá-las de minha mão” (28b), O Senhor atribui a si mesmo a imagem dos pastores de Israel justamente para que possamos compreender a gratuidade e o amor zeloso com o qual cuida das ovelhas que lhes foram confiadas pelo Pai. “Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão” (28a).
Vejamos bem, hoje o Senhor expressa que suas ovelhas não precisam ter medo de se perderem, pois, de suas mãos, ninguém poderá retirá-las. O Senhor oferece permanentemente seu amor generoso ás suas ovelhas.
Ao olharmos para nós mesmos devemos nos perguntar: somos verdadeiramente ovelhas de Jesus? A resposta exige profunda reflexão, pois, ser ovelhas do Senhor significa ter intimidade com Ele “as minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (27). Hoje somos ouvintes da voz do Senhor? Não se trata apenas de lê ou ouvir em um momento isolado da vida, com determinada inconstância, na qual se escuta hoje, amanhã não, com o perigo de em alguns momentos somente ouvir, mas, sem nos deixarmos mover ao ponto de seguir a voz do Senhor como o sentido de nossas vidas.
Ser ovelha de Jesus Cristo é uma graça, é estar nas mãos de Deus. Examinando a nossa realidade, somos capazes de constatar que estamos nas mãos do Senhor? De certa forma o evangelho nos coloca numa bifurcação, ou seguimos ao mundo, a nós mesmos ou até os apelos sutis do inimigo de Deus ou nos colocamos radicalmente com autenticidade o seguimento de Jesus.
Que o Senhor Jesus Cristo, Bom Pastor derrame em nós o óleo de sua graça que nos convença e auxilie para todos os dias nos entregarmos ao pastoreio do Senhor.
Texto: Emerson Alves
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