O sábado, 18, foi de celebração na Comunidade Terapêutica Acolhedora Reviver, em Jaboticatubas, já que nesta data os acolhidos receberam os familiares para um almoço de Natal. A confraternização também marca o retorno das visitas mensais, que haviam ficado suspensas há quase dois anos, desde 19 de março de 2020.
Para o acolhido Washington José Teles, de 24 anos, de Piranga, na região da Zona da Mata mineira, o dia foi de muita alegria e esperança, já que ele não via os familiares há dois meses, quando começou o tratamento contra a dependência química na Reviver. “A saudade é um grande desafio e hoje, vendo a minha mãe, eu me sinto mais forte para continuar no caminho da cura”, disse.
A mãe do acolhido Washington, Maria da Conceição Pire Teles, de 54 anos, viajou quase trezentos quilômetros para participar do almoço de Natal com o parente e diz que valeu a pena o reencontro. “Eu estou achando a mudança dele total. Via que meu filho estava cada dia ficando pior, chegando ao ponto de não sabermos mais o que fazer. Ele perdeu o emprego, muitas coisas e hoje ele é outra pessoa”, comemora.

Partilha da Palavra
Como a Palavra de Deus é o sustento para todas as ações da Reviver, foi com um momento de oração que o encontro de Natal teve início, já parte da manhã do sábado, 18.
O fundador da Reviver, David Arão Siqueira, conduziu a manhã de espiritualidade e partilhou da trajetória da comunidade durante a pandemia, e dos obstáculos enfrentados. “Passamos todas as formas de provações e de dificuldades para que pudéssemos estar aqui hoje, mas fomos perseverantes e conseguimos, com a graça do Senhor vencer e chegar até aqui e conseguir o que foi necessário para que este momento acontecesse. Onde abundou o pecado, superabundou a graça”, ressaltou.

Testemunhos
Logo após a oração, alguns ex-acolhidos da Comunidade Terapêutica Reviver contaram suas próprias histórias para os participantes do almoço de Natal. Um desses testemunhos foi do aposentado Floriano Ferreira da Silva, de 62 anos, que está há sete anos sóbrio, desde que saiu do acolhimento na Reviver.

“Eu cheguei a ficar preso e por causa do alcoolismo respondi processo judicial, tinha muitos problemas familiares e chegue até a dormir na rua. Depois de nove meses de tratamento eu me tornei uma pessoa diferente. Tenho uma vida muito boa agora, me aposentei, voltei a falar com minha família e até viajei de avião. Meu sentimento é de gratidão porque se eu não tivesse entrado na Reviver, sei que hoje estaria morto ”, partilhou o aposentado.
Outro ex-acolhido que foi com a família celebrar o Natal na Comunidade Terapêutica, foi o pedreiro Fabrício Lucindo Segala, de 34 anos. O tratamento de Fabrício na Reviver terminou recentemente, no último dia 25 de novembro, e ele fez questão de partilhar como tem vivenciado esses primeiros dias do pós-acolhimento.
“Eu estou muito confiante e feliz com a oportunidade de recomeçar e dar este testemunho. Perdi muita coisa por causa das drogas e agora estou correndo atrás para recuperar. Graças a Deus eu tenho minha família ao meu lado e sei que não quero mais voltar para aquela vida na ‘drogadição'”, disse Segala para os acolhidos e familiares que estavam na confraternização.

Delícias
O almoço foi preparado pela equipe de cozinha da Comunidade Terapêutica Reviver, mas também alguns familiares fizeram questão de participar, enviando sobremesas para a festa.
Durante toda tarde os parentes dos acolhidos puderam ficar na fazenda e dividir as conquistas da caminhada contra a dependência química.
